Na minha visão, essas seis tendências de sustentabilidade representam as macrotendências que todo profissional de ESG e sustentabilidade deve acompanhar de perto para 2025.
Elas apontam caminhos claros sobre como as empresas precisarão se posicionar em um contexto global cada vez mais exigente, seja pela intensificação das regulamentações, pela urgência climática ou pela evolução nas expectativas de responsabilidade corporativa.
Estar atento a essas macrotendências não é apenas uma questão de sobrevivência empresarial, mas de protagonismo em um mercado que valoriza práticas sustentáveis.

6 Tendências de Sustentabilidade para 2025
As tendências de sustentabilidade estão redesenhando o panorama global, impulsionando transformações profundas em diversos setores e exigindo respostas rápidas e estratégicas de empresas, governos e sociedade.
Esses movimentos emergentes refletem a crescente conscientização sobre a interconexão entre práticas responsáveis, avanços tecnológicos e metas climáticas, consolidando a sustentabilidade como uma prioridade indispensável para o desenvolvimento econômico e social.
Ao explorar essas tendências, é possível identificar os caminhos para um futuro mais equilibrado e resiliente, onde inovação, cooperação e compromisso coletivo são essenciais.
Deixa eu te mostrar de forma mais aprofundada essas 6 tendências:
1 – Pulso Regulatório Global
Já começamos a ver os primeiros relatórios usando IFRS S1 e S2 de forma voluntária, se adiantando à obrigatoriedade que vem em sequência.
A ABNT acabou de lançar uma atualização da PR2030, com um olhar exclusivo para a materialidade.
E cada vez mais as legislações europeias (que não são poucas) vão impactar empresas aqui no Brasil (com um impulso do também recente acordo entre o Mercosul e UE)
2 – Imperativo Climático
O ano de 2024 mostrou (de forma bem triste) na prática que os eventos climáticos extremos estão ficando cada vez mais frequentes a olhos nus. Essa é uma das principais tendências de sustentabilidade que veremos em 2025
Cada vez mais ter um estudo de riscos climáticos e planos de adaptação e contingência serão mais necessários.
Além disso, a COP30 (que ocorrerá em Novembro no Pará) terá uma grande atenção e influência nas agendas empresariais.
3 – Valor em Cada Elo
Vejo uma tendência de responsabilidade indo muito além de mensurar (e compensar) o escopo 3.
A grande tendência aqui vai ser de ações práticas voltadas para a descarbonização da cadeia de fornecimento das empresas.
Outro ponto é o olhar para a devida diligência em direitos humanos que ganhará novos capítulos frente aos impactos de reputação que podem gerar.
4 – O Caminho para o Net Zero
Não dá para dizer que essa é uma das principais tendências de sustentabilidade, dado que ela não é uma novidade em si, mas a forma de abordagem me parece que é.
Só ter compromissos para 2050 e compensar não cola mais (ou vai perder gradativamente a força).
Cada vez mais as empresas precisarão adotar medidas de descarbonização reais para escopos 1, 2 e 3 no curto prazo.
5 – O Paradoxo da IA
IA em si não chega nem a ser tendência, é realidade e tem diversos cases de apoio na redução de emissões
Agora, seu uso tem gerado uma preocupação crescente por conta do aumento das emissões de GEE (Microsoft registrou 30% de aumento e Google 50% nos últimos anos)
6 – Sustentabilidade no Centro do Jogo
Ainda vejo essa tendência longe de ser realidade apesar de alguns esforços isolados em empresas, mas vejo como tendência um amadurecimento nesse caminho.
Veremos cada vez mais remunerações variáveis atreladas às metas ESG e um olhar para a integração de processos sustentáveis por toda a empresa.
Próximos passos em relação às tendências de sustentabilidade de 2025
Diante dessas seis tendências de sustentabilidade, é evidente que o cenário exige das empresas não apenas uma visão estratégica, mas também ferramentas práticas para enfrentar desafios e capturar oportunidades.
Monitorar legislações, mapear cadeias de fornecimento, planejar descarbonização, avaliar riscos climáticos e integrar a sustentabilidade nos processos são passos essenciais para se manter competitivo e alinhado às demandas globais.
