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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29)

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29), que ocorrerá em novembro de 2024 em Baku, Azerbaijão, será um marco crucial para o futuro das políticas climáticas globais. Este evento reunirá a 29ª sessão da Conferência das Partes (COP 29), a 19ª reunião da COP atuando como o Encontro das Partes do Protocolo de Quioto (CMP 19), e a 6ª reunião da COP servindo como o Encontro das Partes do Acordo de Paris (CMA 6). Um dos principais objetivos será completar o primeiro quadro de transparência aprimorado e estabelecer uma nova meta coletiva quantificada de financiamento para ações climáticas. Além disso, ocorrerão importantes discussões e reuniões subsidiárias, como a do Corpo Subsidiário de Aconselhamento Científico e Tecnológico (SBSTA 61) e do Corpo Subsidiário de Implementação (SBI 61).

Em Solidariedade por um Mundo Verde

A COP 29 se destaca não apenas por seus debates técnicos e diplomáticos, mas pela importância de seu tema central: “Em Solidariedade por um Mundo Verde”. A visão do evento, apresentada pelo presidente designado, Mukhtar Babayev, ministro de Ecologia e Recursos Naturais do Azerbaijão, é clara: aumentar a ambição global e permitir a ação efetiva. A troca de experiências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento será fundamental para impulsionar a cooperação internacional e garantir a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) alinhadas ao limite de 1,5°C de aquecimento global. Esta meta é essencial para evitar os impactos mais devastadores das mudanças climáticas, afetando diretamente todas as indústrias, especialmente as que dependem de recursos naturais e processos energéticos intensivos.

Papel do Brasil na COP

O Brasil desempenhará um papel de destaque nessa conferência, tanto pelo seu posicionamento geopolítico quanto pelo seu compromisso com a próxima COP 30, que será sediada no país em 2025. Ao lado dos Emirados Árabes Unidos (COP 28) e do Azerbaijão (COP 29), o Brasil faz parte da chamada “Troika das Presidências da COP”, um grupo de liderança que delineou o “Roteiro para a Missão de 1,5°C”. Esse esforço conjunto busca estimular a cooperação internacional e ampliar o apoio técnico e financeiro necessário para que os países possam aumentar suas ambições climáticas. A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, já reafirmou o compromisso do Brasil em liderar discussões sobre transições justas e sustentáveis, que abrangem desde a proteção da Amazônia até a implementação de energias renováveis.

Pautas e objetivos

Os objetivos da COP 29 são abrangentes e vão muito além da simples negociação de metas climáticas. Entre as principais pautas, estão a necessidade de melhorar os planos nacionais de adaptação, que abrangem segurança alimentar, sistemas hídricos e saúde, bem como garantir que as transições energéticas sejam “justas, ordenadas e responsáveis”. Essas discussões impactarão todas as indústrias, uma vez que setores como o de energia, transporte, manufatura e agricultura terão que se adequar às novas exigências de emissões e eficiência de recursos. Outro ponto crucial será a arquitetura financeira do clima, que deverá ser reestruturada para desbloquear trilhões de dólares necessários para o crescimento verde transformacional. Para o Brasil, essa é uma oportunidade de atrair investimentos e promover inovações tecnológicas sustentáveis, consolidando sua posição como um dos principais líderes globais em sustentabilidade.

COP 29 e sua importância

A COP 29 em Baku, portanto, será uma plataforma decisiva para impulsionar ações concretas na luta contra as mudanças climáticas. Com a participação ativa de países como o Brasil, espera-se que este evento fortaleça os compromissos globais e garanta que o limite de 1,5°C seja mantido ao alcance. Além disso, as decisões tomadas nesta conferência terão implicações diretas para todas as indústrias, que precisarão acelerar suas estratégias de sustentabilidade para garantir sua competitividade em um mundo que caminha cada vez mais em direção à economia verde.

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