História da COP: Promovendo a Cooperação Global contra as Mudanças Climáticas
A Conferência das Partes, conhecida como COP, teve sua origem na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), adotada em 1992 durante a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro. A UNFCCC estabeleceu a necessidade de ações coletivas para enfrentar as mudanças climáticas e reconheceu a importância de uma plataforma de negociação regular para os países signatários. Assim, a COP foi concebida como o principal fórum para essas discussões.

Evolução da COP: Avanços e Desafios na Luta contra as Mudanças Climáticas
Ao longo dos anos, a COP evoluiu significativamente, refletindo a crescente urgência e complexidade das questões climáticas. A COP3, em Kyoto, em 1997, resultou no Protocolo de Kyoto, um marco inicial no estabelecimento de metas vinculativas para a redução das emissões. A COP21, em Paris, 2015, foi um ponto alto, culminando no Acordo de Paris, onde os países se comprometeram a limitar o aumento da temperatura global a bem abaixo de 2 graus Celsius. No entanto, a implementação desses acordos enfrentou desafios, e as subsequentes COPs continuaram a buscar soluções para acelerar a ação climática.

Marcos importantes da COP
Protocolo de Kyoto (COP3, Kyoto 1997) – O Protocolo de Kyoto responsabilizou “nações industrializadas e economias em transição a limitar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa de acordo com metas individuais acordadas”. 192 países fazem parte do Protocolo de Kyoto, mas foram legalmente vinculadas metas de emissões apenas para 37 países industrializados e a União Europeia. Ele vigorou até 2020 e foi substituído pelo Acordo de Paris.
Acordo de Paris (COP21, Paris 2015) – O Acordo de Paris é um tratado internacional juridicamente vinculativo, no qual os países se comprometeram a limitar o aquecimento global para abaixo de 2 graus (e idealmente 1,5 graus) em relação aos níveis pré-industriais.
Pacto Climático de Glasgow (COP26, Glasgow 2021) – O Pacto Climático de Glasgow viu nações concordarem em reduzir o espaço entre os atuais planos de redução de emissões e as ações necessárias para limitar o aquecimento a 1,5 graus. Foi também a primeira vez que um acordo da COP incluiu compromissos para reduzir o uso de carvão e subsidiar combustíveis fósseis.
Fundo de Perdas e Danos (COP27, Sharm el-Sheikh, 2022) – Países em desenvolvimento mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas frequentemente contribuem menos para as emissões globais. Com isso em mente, na COP27, um fundo foi criado para apoiar e custear resgates e reconstruções derivados de eventos climáticos nesses países.
Expectativas para o Futuro: Rumo a Compromissos Mais Ambiciosos
Para essa COP28 que estamos vivenciando espera-se que os países reafirmem e fortaleçam seus compromissos, alinhando-se com as metas do Acordo de Paris. Temas críticos, como financiamento climático, adaptação às mudanças climáticas e justiça climática, permanecerão no centro das discussões.
A urgência de ações concretas para limitar o aquecimento global e proteger o planeta continuará a impulsionar as negociações durante essa edição à medida que os líderes mundiais buscam soluções colaborativas para enfrentar a crise climática que vivemos.
As expectativas para a COP28 são elevadas, com a necessidade urgente de avançar nas ações climáticas. A decisão de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis até 2050 é crucial para enfrentar a crise climática. Além disso, a plena operacionalização do Fundo de Perdas e Danos, juntamente com a alocação de recursos prometidos, é vital para abordar os impactos climáticos já presentes.
Espera-se que a COP28 resulte em uma decisão abrangente para o Objetivo Global de Adaptação e um compromisso significativo de financiamento, superando a marca de US$ 100 bilhões anuais. O alinhamento de todos os fluxos financeiros, públicos e privados, com objetivos climáticos é uma meta essencial para garantir uma transição sustentável em direção a um futuro climático mais resiliente.
