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O mundo corporativo vem mudando ao longo do tempo e se adequando ao novo cenário mundial e a demanda do consumidor. Com isso diversas empresas ao redor do mundo, felizmente, já estão utilizando o conceito de valor compartilhado como estratégia central dos seus negócios.

Gerar Lucro

Quando olhamos para o cenario corporativo da década de 70 víamos que o objetivo central dos negócios era gerar lucro.

” Existe apenas uma responsabilidade social designada as empresas: usar seus recursos e se envolver em atividades destinadas a aumentar seus lucros, desde que permaneça dentro das regras do jogo, ou seja, participe de uma competição aberta e livre, sem engano ou fraude” (Friedman, 1970)

Essa foi uma fala de Milton Friedman, um grande economista americano, que ganhou o prêmio Nobel em Ciências Econômicas em 1976. Ela exemplifica bem o cenário econômico da época.

Friedman

Responsabilidade Social Empresarial

Com o passar do tempo o mundo corporativo começou a ver a necessidade de se adequar e pensar além do lucro e crescimento individual. Com isso foi criada a RSE (Responsabilidade Social Empresarial) ou em inglês CSR (Corporate Social Responsibility) para ajudar empresas a se tornarem mais socialmente responsáveis.

A responsabilidade Social Empresarial foi definida pelo Conselho Empresarial Mundial em 1998 como o “compromisso continuo das empresas em contribuir para o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida da força de trabalho e suas famílias, bem como da comunidade e da sociedade em geral”

Esse novo conceito ajudou empresas a terem planos concretos para se tornarem mais responsáveis socialmente. Exemplos práticos seriam investimentos em estratégias sociais, ambientais e éticas juntamente com suas estratégias de negocio. Apoio a parceiros ou outras organizações que também estejam nessa mudança.

CSR

ISO 26000

Com esse novo movimento foi criada a ISO 26000 com o objetivo de ser um guia de responsabilidade social que trata de ajudar as organizações em seus percursos em direção a sustentabilidade. Essa norma descreve alguns princípios importantes para alcançar tal marco:

  • Prestação de contas, com isso, os cidadãos devem estar sempre atentos para avaliar se as empresas estão agindo de forma correta.
  • Transparência, clareza na forma como a empresa está conduzindo suas atividades.
  • Comportamento etico.
  • Respeitar os interesses de todos os stakeholders (partes interessadas).
  • Respeitar os princípios da legalidade.
  • Seguir as normas internacionais de comportamento.
  • Respeitar os direitos humanos.

Criando valor compartilhado

Certamente toda essa trajetória foi de extrema importância para a evolução da sustentabilidade e responsabilidade social no meio corporativo e o proximo passo foi a estratégia de Criação de Valor Compartilhado (CVC) ou em inglês Creating Shared Value (CSV).

A criação desse conceito tem o objetivo de identificar e expandir as conexões entre o progresso social e econômico. Uma proposta de valor compartilhado requer áreas específicas de foco dentro do contexto dos negócios, e ao mesmo tempo cuidar dos interesses da sociedade (compreendendo o meio ambiente, o mercado e a comunidade) para o interesse próprio da empresa.

Criar valor compartilhado é incorporar sustentabilidade e responsabilidade social corporativa ao portfólio de uma marca.

Acredito que uma forma simples de entender esse conceito é pensar que antes, com a responsabilidade social, as empresas usavam seu lucro para investir em projetos sustentáveis, ajudar a comunidade ao seu redor e etc, com a criação de valor compartilhado as empresas trabalham junto com as comunidades e stakeholders com estratégias sustentáveis e éticas em beneficio tanto da empresa quanto de todos ao redor (fornecedores, meio ambiente, comunidade).

Com isso se torna muito mais vantajoso e atrativo para todos o investimento na sustentabilidade.

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