Tenho percebido uma demanda cada vez maior por análises de riscos que resultem em uma matriz de riscos ESG. Só para te dar dois exemplos:
– Resolução 193 da CVM: com exigência de divulgação de riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade (IFRS S1) e com o clima (IFRS S2)
– Circular 666 da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados): com exigência de divulgação de riscos de sustentabilidade relacionando-os ao estudo de materialidade da organização
Promover o gerenciamento de riscos ESG é uma das melhores formas de promover a resiliência corporativa na sua organização
4 passos para criar uma matriz de riscos ESG
Então deixa eu te mostrar os 4 passos que usamos no Sustentabilidade Agora para criar uma matriz de riscos simples e prática:
???? Passo 1 – Levantamento de Riscos ESG
Para começar, é importante que sua organização faça um levantamento dos riscos. A ideia é ter uma lista simples, com todos os riscos da empresa.
Como fazer: Converse diretamente com cada uma das áreas da empresa para ter uma boa avaliação. Categorize cada um dos riscos em ambiental, social ou de governança. Se quiser aprofundar mais, use também os temas da ABNT PR 2030 (link do post que fiz nos comentários)
???? Passo 2 – Avaliação dos Riscos ESG
Para cada risco, você deve avaliar a probabilidade de ocorrência e a consequência caso ele ocorra. Gosto de fazer isso com 5 níveis de avaliação (que geram uma matriz 5×5)
Como fazer: Para cada risco avalie (e dê uma nota) para a:
– Probabilidade de Ocorrência – Rara (1), improvável (2), possível (3), provável (4), quase certo (5)
– Consequência da Ocorrência – Desprezível (1), pequena (2), moderada (3), grande (4), catastrófica (5)
Isso vai gerar uma nota (multiplicação da probabilidade pela consequência) – um exemplo seria uma construtora ter atrasos devido a condições climáticas adversas.
Vamos supor que a obra é em um local com muitas chuvas e que o prazo está apertado, podendo resultar em multas.
Nesse caso a probabilidade de atraso seria PROVÁVEL (4) e a consequência GRANDE (4) gerando uma nota 16
⚠ Passo 3 – Classificação dos riscos e Matriz
Cada risco pode ser classificado como Baixo (verde), Moderado (amarelo), Elevado (laranja) ou Extremo (vermelho) de acordo com sua posição na Matriz
O que fazer: Anote quantos riscos você tem para cada classificação para entender o nível crítico ao qual a organização está submetida
No nosso exemplo a posição 4×4 gera uma classificação de Risco Extremo
⛔ Passo 4 – Plano de Mitigação e Resposta
Agora é o momento de pensar nas estratégias e ações que podem diminuir as chances desses riscos ocorrerem e, caso ocorram, que respondam aos impactos gerados da melhor maneira possível
O que fazer: Para cada risco (principalmente os riscos elevados e extremos) crie um ou mais planos de ação com responsável, prazo, custo planejado e status
Se você gostou do passo a passo e quer ter essa ferramenta pronta para uso, basta adquirir a planilha de matriz de riscos ESG que temos disponível em nosso site.