Sou um apaixonado pelo empreendedorismo social e por qualquer iniciativa empreendedora que tenha o objetivo de transformar a nossa realidade para melhor.
A Realidade do Empreendedorismo Social
O problema é que empreender no Brasil é muito complexo. Só para você ter uma ideia, apenas 25% das empresas duram 10 anos ou mais e de cada 5 novos negócios, pelo menos um vai fechar as portas dentro de um ano.
Ou seja, se você não está preparado ou não tem ajuda, muito provavelmente enfrentará dificuldades se estiver pensando em seguir um caminho no empreendedorismo social.
Por isso mesmo, uma das primeiras coisas que me vem à mente é no ecossistema que pode fortalecer as suas ideias e te tirar dessas estatísticas tão cruéis.
Você não precisa começar do zero, existem iniciativas que podem te ajudar a ter melhores resultados e a evoluir mais rapidamente. Nesse post eu vou te mostrar 3 que fazem um trabalho excelente há anos e mais algumas outras que não conheço tão profundamente, mas que vale citar:
Artemísia
A Artemisia deve ter sido o meu primeiro contato real com organizações que apoiam negócios sociais em diferentes estágios e que buscam a redução de desigualdades sociais.
Quando eu ainda estava cursando Administração, em 2011, fiz parte de uma das primeiras turmas de embaixadores Choice (um dos projetos da Artemísia), que é o maior movimento de jovens engajados em impacto social do Brasil. Uma iniciativa sensacional que tenho muito orgulho de ter feito parte.
Além do Movimento Choice, a Artemísia tem diversas outras iniciativas e a que considero mais interessante para quem está começando no mundo do empreendedorismo social é a Aceleradora de Negócios Sociais. Ao longo dos anos, essas foram algumas das empresas que passaram por lá e tiveram apoio direto no desenvolvimento dos seus modelos de negócios:
Vale a pena também conhecer algumas das iniciativas que eles tem e, se acreditar que faz sentido, entrar em contato para ser um parceiro.
Ashoka
Uma outra organização de apoio ao empreendedorismo social é a Ashoka, que desenvolve e cultiva uma comunidade de líderes de mudança que acreditam que o mundo precisa de agentes de transformação social positiva.
Eles são considerados a quinta ONG com maior impacto social no mundo e já reconheceram mais de 3.500 empreendedores sociais no mundo todo, sendo cerca de 400 no Brasil.
Acredito que se você quer se envolver com empreendedorismo social deve buscar mais informações e, se fizer sentido, se tornar um empreendedor social dessa rede.
Sistema B
Para fechar, vale falar das empresas B. Eu já escrevi um pouco sobre o Sistema B Brasil por aqui, mas em resumo, eles são uma comunidade global de empresas que buscam a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta.
Mas se você está pensando em seguir no empreendedorismo social, talvez um caminho seja passar por uma avaliação (gratuita) deles, onde será necessário atingir uma pontuação mínima entre as 160 perguntas disponibilizadas na Avaliação de Impacto B (BIA).
Assim você entende se está no caminho certo ou o que precisa mudar/melhorar para alcançar seus objetivos de impacto social.
Outras Organizações
Além dessas 3 iniciativas sensacionais, existem diversas outras que estão fazendo a diferença local ou globalmente. Vou listar algumas que me vieram à mente, mas se você lembrar de outras, basta colocar nos comentários que vai ser um prazer complementar esse post com novas ideias:
E se você realmente quer se envolver com o tema do empreendedorismo social, sugiro alguns livros que já li e que são sensacionais:
- Criando um negócio social do Muhammad Yunus (Prêmio Nobel da Paz) – essa foi uma das minhas primeiras leituras sobre negócios sociais e além de falar e definir o tema, é bem legal ver um pouco da história do Grameen Bank.
- The Blue Sweater da Jackeline Novogratz – tem bastante tempo que li, mas qualquer coisa vindo da fundadora do Acumen Fund merece o meu respeito
- A Riqueza na Base da Pirâmide do C.K. Prahalad – esse me ajudou a mudar um pouco a minha forma de pensar em relação a um capitalismo consciente voltado para a base da pirâmide.
Se tiver alguma sugestão, adoraria conhecer. Basta mandar nos comentários.
