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Um relatório de sustentabilidade é uma excelente ferramenta se você tem a intenção de desenvolver estratégias de longo prazo e ter uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.

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Abaixo vou te explicar exatamente o que é um relatório de sustentabilidade, te mostrar uma série de exemplos e ainda te apresentar um passo a passo que considero essencial sobre como você pode começar a fazer o relato de ações sustentáveis da sua empresa.

O que é um relatório de sustentabilidade

Deixa eu começar com o básico: um relatório de sustentabilidade é uma ferramenta de divulgação de metas, resultados e indicadores ambientais, sociais e de governança (ESG), ou seja, de transparência em relação às suas ações sustentáveis.

O processo de relatar se inicia com a determinação dos temas materiais (mais relevantes) pela organização, com base em seus impactos mais significativos e resultam na publicação, em um relato público (ou interno), destes impactos.

Como uma das principais ideias do relato é dar transparência às ações sustentáveis da empresa, acredito na importância dele ser público, mesmo quando não for obrigatório.

Em relação ao seu conteúdo, um bom relatório de sustentabilidade deve seguir normas e padrões estabelecidos internacionalmente para conferir mais credibilidade ao que está sendo apresentado. O mais conhecido e utilizado mundialmente são as normas GRI (Global Reporting Initiative), mas ao longo do texto vou te mostrar algumas outras possibilidades que podem ser interessantes.

Por que fazer um relatório de sustentabilidade?

A pauta da sustentabilidade deixou de ser um fator desejável para as empresas nos últimos anos para se tornar praticamente obrigatória, seja por compliance (para se adequar às normas da CVM ou a alguma outra regulamentação), por conveniência (para mostrar que sua empresa se preocupa com o mundo para clientes e stakeholders) ou por convicção (se você realmente acredita, como eu, em um caminho mais sustentável para o mundo). 

Você precisa se preocupar em como fazer com que essas novas exigências do governo, da sociedade, dos seus clientes e de investidores sejam parte das estratégias do seu negócio.

Um bom exemplo é a Resolução 59 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), editada em 22/12/2021, que entra em vigor em Janeiro de 2023 e tem caráter de orientação, obrigando as empresas a mostrar como seguem diversos critérios ESG e, caso não sigam, a explicar o motivo. 

Algumas dessas orientações envolvem a criação de matriz de materialidade, desenvolvimento de um relatório de sustentabilidade e direcionamento para os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Ou seja, se a sua empresa está presente na bolsa de valores ou se pretende fazer um IPO, vai precisar se adaptar a essas novas regras.

Quando você desenvolve um relato de sustentabilidade está sinalizando para esses mesmos stakeholders como a sua empresa é responsável, transparente e, mais importante, a forma como a sua organização alcança essas demandas.

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Benefícios de fazer o relato de sustentabilidade

Se você entendeu os motivos mais importantes para fazer um relatório de sustentabilidade, pode ter ficado curioso com os benefícios que a sua empresa pode aproveitar. Vou separar em 2 grupos, internos e os externos:

Benefícios Internos:

  • Demonstração de transparência e credibilidade
  • Forma de prestação de contas
  • Fortalecimento da cultura da empresa
  • Criação de orgulho e lealdade nos colaboradores
  • Atração de talentos e colaboradores mais focados em propósito
  • Identificação de riscos e oportunidades
  • Análise da relação entre desempenho financeiro e não financeiro
  • Aumento da eficiência e redução de desperdícios

Benefícios Externos:

  • Melhoria na reputação e na confiabilidade da empresa
  • Atração de capital e investimentos
  • Aumento de satifação de clientes e de sua lealdade
  • Criação de vantagem competitiva
  • Garantia de conformidade com normas e regulações
  • Comparação com o desempenho de outras organizações
  • Apresentação de informações e indicadores para stakeholders

Desafios para fazer o relato de sustentabilidade

Depois de ler tantos benefícios, vale a pena eu te mostrar o outro lado da moeda, que são os desafios de implementar um relatório de sustentabilidade.

Na minha opinião um dos pontos mais complexos é o processo de coleta de dados e atualização de indicadores. Se a sua empresa não tiver um sistema integrado com os processos e práticas cotidianas, vai ter que fazer um esforço grande no momento de criação do relatório.

Além disso, um outro grande desafio ocorre quando as estratégias de sustentabilidade são marginalizadas das estratégias centrais do negócio. Isso acontece quando é criado um núcleo “separado” da empresa ou quando não existe um direcionamento claro. Se essa é a realidade do seu negócio, vale a pena ligar o sinal de alerta.

Tendências dos Relatos de Sustentabilidade

O Relatório de Sustentabilidade está, felizmente, se tornando uma tendência crescente entre as empresas. Muitas iniciativas internacionais que trabalham na convergência de relatórios e estruturas estão impulsionando as práticas globais e acelerando o número de corporações trabalhando em um relatório proativo. 

O relatório apresenta os valores e modelos de governança das empresas, bem como seus impactos de operações, tais como impacto econômico, ambiental e social. Eles mostram suas ações e iniciativas em direção ao compromisso da empresa com uma operação mais sustentável.

O relatório também ajuda a organização a identificar e reduzir riscos, conquistar novas oportunidades e agir para se tornar uma empresa responsável e ser reconhecida como uma organização confiável. 

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A responsabilidade corporativa gera um enorme impacto no bem-estar da empresa. Se espera cada vez mais das empresas que elas sejam transparentes sobre os riscos e oportunidades que enfrentam, que disponibilizem dados tangíveis e confiáveis e demonstrem seu nível de sustentabilidade. Através de relatórios de sustentabilidade, elas podem mostrar tudo isso e assim construir com uma forte relação de confiança com a comunidade e seus acionistas.

Relatórios defensivos e proativos

Aqui podemos dividir a prática de relatórios em duas categorias: o relatório defensivo quando as empresas sentem a pressão para atingir as expectativas do mercado, e o relatório proativo que é uma prática de escrever e compartilhar suas práticas e ações para uma operação mais sustentável de forma transparente e aberta.

Como exemplo de uma melhor prática em relação à abordagem proativa de relatórios, falaremos sobre a empresa Danone e, como exemplo, de uma prática de relatórios defensivos, usaremos o McDonalds.

Relatório de sustentabilidade

Danone

Relatório sustentabilidade Danone

Os objetivos de longo prazo da Danone estão diretamente alinhados ao seu compromisso com uma economia global sustentável. O “One planet, one health” criado em 2017 reflete muito fortemente esse engajamento, eles acreditam que podem fortalecer sua agenda empresarial e financeira, bem como criar um valor sustentável para todos.

Seu forte compromisso com o progresso social, econômico e sustentável faz deles uma referência para negócios sustentáveis.

Na empresa Danone, 33 de suas entidades ganharam certificação B Corp, o que significa que aproximadamente 50% das vendas globais da empresa estão agora cobertas pela certificação. Continuando essa forte parceria, seu objetivo é estar totalmente certificada até 2025.

Seguindo 5 pilares, a Danone é uma força do bem e um forte agente de transformação:

  1. Trabalhadores: Valores inclusivos e incorporados no dia a dia;
  2. Meio Ambiente: Ambientalmente amigável em tudo o que fazemos;
  3. Clientes: Produzindo e gerenciando valor e impacto para os clientes;
  4. Governança: Responsável e transparente;
  5. Comunidade: Generosa com nosso tempo e recursos na comunidade

ODS

Alinhada com sua visão: “One Planeta, one health”, Danone definiu suas metas de 2030 que correspondem a um conjunto de nove metas de longo prazo. Ao definir essas metas, a empresa as alinhou aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para 2030.

Nove metas de longo prazo:

  1. Oferecer experiências alimentares superiores e inovar, sempre;
  2. Proporcionar um crescimento sustentável superior e rentável;
  3. Ser certificado como uma B Corp;
  4. Impactar a saúde das pessoas localmente;
  5. Crescer marcas de manifesto;
  6. Preservar e renovar os recursos do planeta;
  7. Confiar as pessoas da Danone para criar novos futuros;
  8. Fomentar o crescimento inclusivo; 
  9. Servir a revolução alimentar com parceiros.
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Adotando essa estratégia, a Danone garante que eles tenham uma linguagem universalmente compreendida. Eles têm um compromisso forte, estruturado e tangível que mostra um alinhamento muito sólido com a agenda das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável.

Cada objetivo está alinhado com um ou mais ODS, e para selecioná-los a Danone considerou sua matriz de materialidade que destaca seus tópicos de sustentabilidade mais significativos para seus stakeholders e desempenho de negócios.

matrix de materialidade

Relatório de Sustentabilidade

A Danone está comprometida com todas as partes interessadas e acredita que juntas elas criam valor para o negócio e para eles. Essa é uma das principais razões pelas quais a Danone possui um extenso relatório de dados contemplando resultados financeiros, práticas de sustentabilidade, iniciativas sociais e muito mais. Tudo com detalhes muito ricos e profundidade. 

Eles sediam reuniões anuais com acionistas com espaço para perguntas, exibindo resultados de votação, apresentações e resultados. Eles também têm webcast e canais de podcast para facilitar a comunicação. 

Seguindo as normas GRI, eles relatam seus impactos na economia, no meio ambiente e na sociedade. Com transparência, precisão e tangibilidade, eles prezam por uma relação muito honesta e responsável com seus stakeholders.

As políticas das empresas em relação aos seus relatórios e metas estão divididas em tópicos-chave como Saúde, Planeta, Pessoas e Crescimento Inclusivo. Como exemplos concretos, podemos listar muitas ações práticas em que a Danone está trabalhando, como a agricultura regenerativa, como solução para o futuro, para que estejam restaurando a saúde do solo e protegendo a biodiversidade, promovendo práticas regenerativas que aumentam o armazenamento de carbono no solo, incentivando os agricultores a girar suas culturas e limitar o uso de agrotóxicos e restaurar a biodiversidade. Além disso, eles também estão ajudando os agricultores a reduzir o consumo de água em 25% através de uma melhor gestão da irrigação. 

Outro exemplo prático em que a Danone está trabalhando fortemente é ajudar a enfrentar os desafios da saúde em todas as fases da vida, apoiando e promovendo o aleitamento materno, trabalhando com a comunidade científica para desenvolver conhecimento e fazer estudos clínicos para entender como a nutrição impacta no envelhecimento, desenvolvendo soluções inovadoras de nutrição médica para ajudar pessoas com desnutrição e inúmeras outras ações.

Analisando todas as ações, compromissos e relatórios que a empresa fornece e como a agenda sustentável e social está tão fortemente alinhada com a visão e os objetivos da Danone, é um dos mais fortes benchmarking em relatórios de sustentabilidade em todo o mundo.

McDonald’s

Relatório sustentabilidade McDonald's

O McDonald’s acredita que eles têm uma responsabilidade muito forte, sendo uma das maiores empresas de alimentos  do mundo, com a redução das emissões de GEE e adaptação às mudanças climáticas, eles sabem que suas ações em direção à sustentabilidade vão afetar sua capacidade de alimentar as comunidades no futuro.

Suas ações impulsionam o gerenciamento de custos operacionais em seu fornecimento de energia, melhoram a segurança do fornecimento de sua matéria-prima e reduzem a exposição a riscos ambientais crescentes e alarmantes.

No entanto, um grande problema com esses objetivos é que o McDonald’s é um dos maiores compradores de carne bovina do mundo e a carne bovina é um dos principais contribuintes para a pegada global de sua cadeia de suprimentos. Eles estão tomando ações nessa área fazendo parcerias com fornecedores, ONGs e especialistas em clima, no entanto, a produção animal, a pecuária,  é uma das atividades mais prejudiciais e destrutivas para a saúde do planeta e o bem-estar humano.

O setor pecuário exige um grande número de recursos naturais e é responsável pelas emissões antropogênicas de gases de efeito estufa. Desde o uso extensivo da terra para acomodar os animais e cultivar os grãos para alimentar esses animais até a quantidade astronômica de água para manter essa produção, esses são alguns dos fatores responsáveis por esse enorme impacto negativo que a pecuária tem em nosso planeta. 

Além disso, a agricultura animal gera metano (produzido principalmente por fermentação entônica e armazenamento de estrume) e óxido nitroso (armazenamento de estrume e uso de fertilizantes orgânicos/inorgânicos). 

Quando olhamos para o Brasil, o maior exportador de carne bovina do mundo, exportando 2 bilhões de toneladas em peso de carcaça bovina a cada ano, 62,8% de todas as terras devastadas na Floresta Amazônica foram destinadas à pecuária. Grandes florestas em todo o mundo estão sendo devastadas para dar espaço para mais pastos, infelizmente. O Brasil tem o maior número de animais do mundo em torno de 213 milhões, há mais vacas do que pessoas no país.

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Assim, em conclusão, para uma empresa que tem produto animal como sendo sua principal matéria-prima, a ação mais impactante para a sustentabilidade seria diversificar e diminuir a quantidade de produto animal necessário na cadeia de suprimentos. Como isso não é uma prioridade para o McDonald’s agora, é correto dizer que todas as outras ações para minimizar as emissões e o impacto das mudanças climáticas na produção seriam consideradas superficiais.

A falta de ações tangíveis e dados extensivos sobre as questões relativas à coleta de matéria-prima e a relação muito confiável com diferentes fornecedores de carne, colocam o McDonald’s em uma situação difícil de tomar ações impactantes em relação às mudanças climáticas.

Outro exemplo de ação fracassada promovida pela empresa é no que se refere à reciclagem de embalagens. Apesar de quase 50% de suas embalagens de hóspedes vêm de fontes sustentáveis, apenas 10% de seus restaurantes estão reciclando.  

Panorama dos Relatórios de Sustentabilidade

Se você quer entender um pouco mais de onde a sua empresa se encontra dentro do cenário de diversas outras empresa, vale a pena analisar a Pesquisa da KPMG sobre Relatórios de Sustentabilidade 2020 (nesse link você vê os resultados do Brasil).

relatório de sustentabilidade - estudo kpmg 1

Para o estudo global, foram selecionadas as 100 maiores empresas por receita em cada um dos 52 países pesquisados (ou seja, no Brasil foram analisadas 100 organizações). Veja na imagem acima que as menores (que correspondem a 62%) fatura de US$1 Bi até US$5 Bi.

relatório de sustentabilidade - estudo kpmg 2

Analisando um pouco mais da pesquisa, você vai perceber outros dados interessantes (e alguns preocupantes)

  • 80% das companhias analisadas globalmente elaboram relatórios
  • No Brasil esse número sobe para 85%
  • 72% utilizam as normas GRI
  • 33% declaram que fazem relatórios integrados

Pensar que 15% dessas empresas analisadas, que são gigantescas, não apresentaram um relatório de sustentabilidade ainda mostra um descaso com a sustentabilidade que é alarmante. Na minha opinião essas empresas estão parando no tempo e se colocando em um risco grande para o futuro próximo.

Além disso, achei interessante saber quer 72% usam as normas e padrões do GRI. Imagino que boa parte dos outros usem o SASB (Sustainability Accounting Standards Board).

Para fechar essa análise do panorama dos relatórios de sustentabilidade, vale a pena analisar as respostas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que dizem o seguinte:

  • 67% conectam informações com os ODS
  • 38% identificam os ODS específicos que são mais relevantes pro negócio
  • apenas 21% identificaram de 1 a 10 ODS, 

Isso mostra que a grande maioria das empresas (79% do total) acabou sendo muito genérica ao não especificar ou selecionar mais de 10 ODS para focar.

Ou seja, apesar de aparentemente as respostas indicarem uma aproximação aos ODS, uma análise um pouco mais profunda indica pouca clareza em relação a quais realmente importam.

A minha dica para você que está no rumo de criar o relatório de sustentabilidade da sua empresa é garantir o uso da norma GRI como padrão principal e de fazer a relação entre os temas materiais e os ODS mais relevantes para o negócio.

Normas e Padrões mais usados nos relatórios de sustentabilidade

Caso você ainda não tenha decidido pelo GRI, escolher quais normas e padrões usar ao relatar o desempenho da sustentabilidade do seu negócio pode ser difícil, principalmente porque muitas vezes falta o conhecimento para escolher um desses relatórios em detrimento de outro.

Existem diversas estruturas e padrões de relatórios de sustentabilidade disponíveis, cada um apoiado por organizações confiáveis. Em ordem alfabética são eles:

Cada um dessas normas e padrões vão ter um escopo diferente e, se o seu objetivo é uma análise mais geral abrangendo todos os pilares do ESG, eu indico que você use o GRI.

Veja uma matriz que indica qual estrutura usar de acordo com dois eixos, um para a audiência (específica para investidores ou abrangente para stakeholders) e outro para o escopo do relato (específico para um tema voltado para o clima ou abrangente para diversos temas ligados à sustentabilidade):

relatório de sustentabilidade - matriz de normas e padrões

Por que priorizamos relatos seguindo as normas GRI?

Eu já repeti algumas vezes que prefiro a norma GRI, mas não cheguei a explicar exatamente os motivos, então lá vai.

Talvez o principal diferencial do GRI é o fato de ser uma norma internacionalmente reconhecida e utilizada como mostrei mais acima. Além disso, por ter uma abrangência grande, ele permite que qualquer organização consiga mostrar dados relacionados à sustentabilidade usando seu padrão.

Agora, falando da parte prática, eu acredito demais no GRI pela exigência de um processo de avaliação de materialidade bem definido. Isso na nossa visão é um dos passos essenciais do processo de criação e estabelecimento de estratégias ESG. Essa obrigatoriedade funciona como uma garantia de que a empresa não vai fazer uma escolha arbitrária só relatando o que interessa para ela.

Além disso, o GRI acaba sendo usado de forma integrada à outras iniciativas como o Pacto Global e o ODS e também serve de referência para outras iniciativas, como o SASB e o questionário do ISE B3.

10 Exemplos de Relatórios de Sustentabilidade

Para te ajudar a conhecer um pouco mais sobre como fazer o relato da sua empresa, nada melhor do que analisar alguns exemplos.

Uma dica que eu uso sempre é buscar modelos de relatórios de empresas no mesmo setor que o seu. Muitas vezes os temas materiais e um pouco da estrutura pode servir de inspiração para o seu negócio.

5 passos para fazer o relatório de sustentabilidade da sua empresa

E para fechar eu vou te mostrar o passo a passo que eu acho ideal para fazer um relatório de sustentabilidade baseado no GRI.

Passo 1 – Entenda porque você está fazendo o relatório

  • O que motiva a empresa a relatar: Compliance, conveniência ou convicção? 
  • Entenda quais são as áreas mais relevantes do negócio
  • Envolva “toda” a empresa – gestores, áreas chave e colaboradores interessados
  • Use a norma GRI – baixe e entenda um pouco mais sobre os cadernos GRI

Passo 2 – Determine as prioridades do seu relatório de sustentabilidade

  • Definição de stakeholders mais relevantes
  • Avaliação de materialidade
  • Analise de Benchmarks
  • Relação com ODS

Passo 3 – Construa a estrutura e levante dados

  • Análise dos conteúdos do GRI
  • Levantamento de dados e indicadores
  • Sumário de conteúdo GRI
  • Monte o primeiro rascunho de tópicos do relatório

Passo 4 – Finalize o relato e comunique

  • Organize o relatório de sustentabilidade final
  • Faça uma auditoria das informações (com uma empresa externa)
  • Comunique internamente (colaboradores, eventos e estratégia)
  • Comunique externamente (site, GRI e principais stakeholders)

Passo 5 – Revisão, aprendizado e preparação

  • Análise do processo de preparo do relato
  • Levantamento de pontos de melhoria
  • Preparação da estrutura para o próximo relatório de sustentabilidade
  • Definição dos novos prazos

Acredito que esse é um caminho bem interessante e que pode te ajudar a construir o relatório de sustentabilidade do seu negócio.

Se achar que faz sentido, vai ser um prazer conversar com você para explicar como podemos ajudar a fazer a sua empresa ganhar mais credibilidade, ser mais transparente e alcançar um diferencial competitivo ao alinhar as suas estratégias de negócio com um foco em ESG.

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Rafael Avila

Carioca, empreendedor, sócio fundador da LUZ, professor de Excel, consultor e um apaixonado por produtividade. Acredito no poder que temos de ser as nossas melhores versões todos os dias.

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